YOUPIX BUILDERS 2017
YOUPIX BUILDERS 2017
As 10 pessoas mais influentes do mercado de conteúdo digital
Ano passado, quando publicamos essa mesma lista, dissemos que 2016 havia sido o ano mais importante para o mercado de creators até então. Isso porque ainda não tinhamos vivido o ano que foi 2017! 😱
Em 2017, vimos que o próprio conceito do que é um creator se ampliou. Se antes usávamos o termo pra definir apenas o universo de youtubers, blogueiros e outros tipos de criadores de conteúdo digital, hoje vemos que essa caixinha já não faz mais sentido, e os limites entre quem cria, produz, distribui e monetiza conteúdo estão caindo.
A lógica creator está ganhando relevância como uma ferramenta de comunicação porque, quando bem usada, gera conteúdo relevante para audiências específicas e garante não só um maior engajamento, mas um engajamento mais autêntico, ajudando a construir e nutrir comunidades em torno de marcas, veículos, jornalistas e plataformas.
Cobrimos essa tendência exaustivamente em nossas redes esse ano, e também produzimos reports (aqui e aqui) que apontaram e trouxeram evidência para essa mudança no mercado. E é com esse conceito mais amplo do que é o creator e do ecossistema que orbita ao seu redor que chegamos até aqui, pra fazer o balanço do que foi 2017 e homenagear os profissionais e as pessoas que fizeram a diferença esse ano.
Vamos falar de influenciadores digitais? O interesse no assunto cresceu 741% esse ano, de acordo com o Google Trends. Se você trabalha com comunicação, ações com influenciadores estiveram na sua agenda do ano, e essa relação comercial entres marcas e influenciadores representou uma movimentação estimada de 1 bilhão de dólares em 2017. A lista da Forbes do 10 YouTubers mais bem pagos de 2017 (US$ 127 milhões), apontou um crescimento de 80% em relação aos US$ 70,5 milhões do ano passado. Aqui no Brasil, de acordo com a Snack Intelligence, a receita por view no YouTube dobrou.
Influenciadores agora são mainstream, fazem parte da cultura da massa que já está conectada. O estudo “Os Novos Influenciadores — quem brilha na tela dos jovens brasileiros”, feita pela Provokers para Google e Meio & Mensagem, teve pela primeira vez no topo do ranking alguém que nasceu no digital: Whindersson Nunes. E ser um creator (ou influenciador) faz parte do imaginário dos jovens digitais, que lotam as plataformas sociais de conteúdo e sonhos de se tornarem grandes. Só no Youtube, quadruplicou a quantidade de canais com mais de 1 milhão de inscritos, fomos de 144 canais em setembro de 2016 (fonte: Airstrip) para 535 canais em novembro de 2017 (fonte: Tubular).
A boa notícia sobre esse crescimento? Diversidade! De acordo com o Google, o crescimento médio no número de views de conteúdos sobre Homofobia, LGBTQI+, feminismo e racismo cresceu 260% entre abril e outubro deste ano. E essa pesquisa da Airstrip revelou que os canais que mais cresceram dentro do Youtube falam de assuntos como raça e gênero. Nunca se consumiu e compartilhou tanto conteúdo que fala a comunidades específicas e esferas variadas da sociedade. Vozes falando sobre diversidade de gênero, feminismo, cor de pele, corpo, estilo, cabelo, direitos humanos. ❤< /p>
Para marcas e agências, foi o ano de pensar na relevância. Já não basta criar conteúdo só por criar, pra preencher espaço, é preciso criar conteúdo que gere valor para alguma audiência, grande ou pequena. Em busca dessa relevância, as empresas têm se conectado com causas que representem seus valores e, consequentemente, se aproximado e cocriado com influenciadores que tenham proximidade com essas verdades.
Nesse movimento, a Ipsos apresentou uma pesquisa que separou fama de influência, fazendo com que os chamados “micro-influenciadores” ganhassem destaque em 2017. Além de gerarem 25% dos views totais de vídeos online (fonte: Snack Intelligence), atrairam o olhar das marcas que estão em busca daqueles 60% mais de engajamento que eles oferecem.
Com tanto crescimento e visibilidade, o mercado está em busca de sua profissionalização, da definição de seus “códigos de conduta” e está se qualificando para trabalhar através de práticas mais maduras e em níveis estratégicos. Do lado de YOUPIX, nos estruturamos para servir à essa indústria como uma aceleradora, trazendo cursos, viagens de imersão, consultorias, eventos, conteúdos, pesquisas, reports, programa de aceleração e tudo o que esteve ao nosso alcance para ajudar a indústria a crescer.
Ainda é um mercado jovem, mas esse ano aprendemos muito com e sobre ele. Junto com a gente, teve uma galera que também ajudou a construi-lo, que se empenhou em discutir suas questões essenciais, apontar caminhos, provocar velhos pensamentos e práticas e também em aumentar a relevância desse mercado dentro do investimento das empresas para o digital.
A seguir você encontra um lista com 10 dos profissionais que consideramos ter feito um trabalho essencial para a indústria esse ano. Teve muito mais gente incrível que se destacou — muitos deles foram contemplados nas listas de 2015 e 2016 (optamos por não repetir nomes daqueles que já foram reconhecidos, clica nos links dos anos passados pra ver quem são). Aqui vai o nosso reconhecimento a alguns desses profissionais. Adoraríamos que você compartilhasse nos comentários quem mais você acha que inovou, ousou e levou o mercado pra frente esse ano. 👊🏼
Parabéns à todos vocês, e que 2018 seja ainda mais foda! ❤
CASTANHARI
Não é fácil ser o nono maior canal brasileiro em número de inscritos e se manter relevante nesse ranking fazendo conteúdo… educativo! Concorrendo com Porta dos Fundos, Whindersson e Kéfera, o Canal Nostalgia dobrou de tamanho esse ano, presenteando uma audiência de 10 milhões de inscritos com vídeos que chegam a custar 28 mil reais para serem produzidos e colocados no ar. Não são vídeos sobre temas fáceis mas, pela capacidade que Felipe Castanhari tem de traduzi-los em uma linguagem nativa para o público digital, reúnem uma quantidade de visualizações geralmente reservada apenas a vídeos de entretenimento; como é o caso, por exemplo, do seu vídeo sobre a Guerra na Síria, que apenas no Facebook teve teve 24 milhões de views (o que levou a Faculdade Federal do Paraná a incluir 4 questões sobre o vídeo em uma prova); ou o que fez sobre Adolf Hitler que tem 1 hora e 20 minutos de duração (!!!!!) e soma 6 milhões de views; ou ainda este outro que explica o sistema político brasileiro e já soma quase 5 milhões de visualizações. Seu conteúdo prova que educação e entretenimento podem, sim, andar lado a lado. Sua militância por conteúdo de qualidade nas plataformas digitais foi reconhecida pelo History Channel, que o convidou para apresentar a série Guia Politicamente Incorreto no canal, e também pelo Prêmio Veja, que o colocou na lista de indicados do ano na categoria Educação. Parabéns, Castanhari! #NoseGang 🙂
COLETIVO MO.O.C
Catarina Martins, Kevin David, Suyane, Raphael Fidelis, Lídia Thays, Louis Rodrigues, Vinni Tex e Levis Novaes. 8 jovens, negros, moradores das quebradas paulistanas. Com a missão de mudar o mundo, o Coletivo MO.O.C quer disseminar a diversidade e representatividade do jovem negro no Brasil por meio da moda, arte, música, audiovisual e comportamento. Em 2017, trabalharam com marcas como Nike e Melissa, e realizaram projetos que questionam a sociedade e seus preconceitos, como o projeto Skolors, que trouxe uma edição limitada para as latas da cerveja Skol com base na variedade de cores dos brasileiro, e também o curta-documentário #DuasVidasUmaLuta, feito para o Bradesco para o Dia da Consciência Negra, contando as trajetórias de Elza Soares e da judoca Rafaela Silva. A solidez na forma como expressam o modo de vida do jovem negro brasileiro levou o Coletivo à ser incubado dentro da Conspiração, gigante produtora do audiovisual brasileiro.
DIEGO DZODAN
Faz pouco mais de 2 anos que o argentino Diego Dzodan se tornou VP do Facebook e Instagram para América Latina e abraçou o desafio de liderar o crescimento de negócios e da base de usuários. O resultado? 117 milhões de pessoas usam Facebook no país e já são mais de 5 milhões de empresas que promovem seus produtos e serviços usando a rede social. Uma das maneiras de fazer isso foi aproximando marcas, agências e creators, através da realização de hackathons, workshops e seminários. E também trazendo para o Brasil o modelo de monetização de conteúdo de influenciadores, que deve sair da fase de testes em breve, para ajudar a fomentar a indústria de criadores locais.
FELIPE NETO
Ele foi um dos primeiros e é um dos mais bem-sucedidos youtubers do país. E também um dos mais polêmicos! Em 2010, lançou o canal “Não Faz Sentido”, onde suas críticas raivosas a ícones adolescentes o levaram a ganhar seguidores, programa de TV, inúmeros trabalhos com marcas e muito conhecimento sobre a plataforma. Há 2 anos repaginou seu canal, que andava no limbo, e mais do que dobrou sua base de inscritos, o transformando no terceiro maior do país (com 16.8 milhões de inscritos) e no sexto mais visto de 2017. Além de disparar declarações polêmicas e provocar grandes grupos de mídia, outros criadores e o próprio YouTube, esse ano ele bateu o recorde nacional de audiência ao vivo no YouTube (316 mil pessoas ao mesmo tempo), o de canal a conseguir 1 milhão de inscritos mais rápido (marca que o canal “Irmãos Neto”, lançado em parceria com o irmão Luccas e igualmente fenômeno digital do ano com seu canal de 10 milhões de fãs (demorou apenas 24hs pra atingir) e o do livro — “Trajetória de Um Dos Maiores Youtubers do Brasil” — que bateu recorde de mais vendido do Brasil em uma pré-venda — foram 25 mil exemplares — e fechou o ano como o mais vendido na categoria Infantojuvenil. Parece pouco? Ele ainda teve fôlego pra comprar uma mansão (a Netoland), lançar um aplicativo (que chegou a ser o mais baixado do dia), sair em turnê com seu espetáculo Megafest, patrocinar o Botafogo (o que levou o time a dobrar o número de inscritos e aumentar em 500% a venda de camisetas) e lançar a Neto’s (o quiosque de pizzas e coxinhas dos irmãos Neto no Shopping Tijuca). Apontado por especialistas como sendo “a nova Xuxa“, Felipe Neto entende como poucos o YouTube e tem a disciplina e o conhecimento para entregar conteúdo que agrada tanto os fãs quanto o algoritmo da plataforma que o abriga.
FERNANDA CERÁVOLO
Trabalhando com digital há mais de 14 anos, sendo 7 no Google, Fe Cerávolo assumiu a diretoria do YouTube Brasil no começo deste ano em meio ao “Ano do Vídeo” e tendo em mãos os desafios inerentes à esse momento do mercado audiovisual: fazer a plataforma continuar crescendo sem perder espaço para os concorrentes (ela chega ao fim de 2017 com 103 milhões de usuários), aumentar a relevância do Brasil globalmente (somos o país que mais assiste vídeos no mundo todo), qualificar o conteúdo do número cada vez maior de criadores que publicam no YouTube (exigência inclusive das marcas que investem no site de vídeos) e, principalmente, ajudar seus criadores (principal ativo da plataforma) a monetizar seus conteúdos e conseguir transformar isso em profissão. Liderando a maior plataforma de vídeos da atualidade, participou do lançamento do YouTube Space no Brasil (um galpão de 3 mil metros quadrados no Rio de Janeiro voltado para produção e profissionalização), colocou de pé diversas iniciativas para aproximar criadores, marcas e agências, promoveu eventos e workshops exclusivos para seus criadores (como o Creator Summit, um evento de treinamento e inspiração para youtubers que nunca havia sido realizado em terras nacionais), e levou o YouTube de volta para importantes eventos do país, como o Festival Path, o YOUPIX CON (❤) e a CCXP.
FLAVIA CALINA
Acha que o YouTube vive só de conteúdo teen? Então deixa a gente te apresentar para a quinta personalidade mais influente do Brasil (de acordo com essa pesquisa da Provokers e do Meio & Mensagem), a Flavia Calina, uma criadora que fala sobre assuntos de maternidade e família. Seu canal, que quase dobrou de tamanho esse ano, faz parte do seleto time dos que já bateram 1 bilhão de views aqui no Brasil. Falando tanto com os pais quanto com crianças, reúne 4.5 milhões de inscritos e lidera um nicho que ganha cada vez mais relevância dentro do YouTube e no universo digital: a maternidade real e imperfeita. Essa visão, inclusive, esteve presente no livro lançado este ano, o “Agora que sou Mãe”, em que relata toda a sua trajetória de mãe, desde o difícil tratamento para engravidar até o nascimento de seus filhos e como toca a vida com eles e o marido. Resultado? O livro ficou 6 semanas na lista dos mais vendidos do Brasil (e já são mais de 13 mil cópias nas ruas). A credibilidade dos Calina chama atenção de marcas como Dell Vale, Fisher Price e Johnson, que transformou Flavia em embaixadora da marca. É quase impossível ficar indiferente a fofura da família Calina e com a forma com que eles passam conhecimento e amor. ❤< /p>
KONRAD DANTAS
Alguém tem dúvida de que 2017 foi o ano em que o funk desceu o morro e virou de vez um símbolo identitário nacional? E muito da “culpa” por transformar o gênero em mainstream e trazer visibilidade para as periferias e a cultura da favela se deve aKonrad Dantas, o Kondzilla. Sua história já é conhecida: crescido na periferia do Guarujá, usou a pensão que recebeu com a morte de sua mãe para ir atrás do seu sonho de virar cineasta. Nove anos depois, o talento para produzir e dirigir clipes de funk o transformou no “Midas do Funk” e no canal mais influente do YouTube brasileiro (e no quarto do mundo), com a segunda maior base de inscritos (quase 24 milhões de pessoas) e o maior em número de visualizações (12 bilhões!), o que o fez entrar na lista dos canais mais vistos DO MUNDO! Quando começou, seu escritório era o seu quarto e ele era o único funcionário. Hoje, Kondzilla é uma holding que reúne um selo musical que representa artistas de funk e faz distribuição digital (responsáveis, por exemplo, por carreiras de fenômenos como MC Guimê e Kevinho), uma produtor de conteúdo audiovisual ligado à música, o canal no YouTube, o Kondzilla.com (site dedicado ao comportamento do público jovem das periferias) e uma área de comércio de produtos. Tudo isso, faturando mais de 1 milhão de reais por mês e ajudando a dar voz e visibilidade a quem antes era marginalizado. Como diz o próprio Kond, a favela venceu! 💪🏾
PEDRO ALVIM
De acordo com o jornal Meio & Mensagem (edição #1791), a Magazine Luiza foi a empresa que mais desenvolveu ações com influenciadores neste ano. E fez isso de forma madura, buscando relacionamentos de longo prazo e valorizando a criatividade e autenticidade desses influenciadores como criadores de conteúdo. Quem esteve à frente da estratégia com influenciadores da empresa foi Pedro Alvim, Gerente de Marketing da varejista, que cuida da parte de conteúdo (quem lembra do desafios dos memes protagonizado por Luiza Trajano e equipe Magalu que chegou a 10 milhões de views?) e redes sociais da marca. Na parceria com creators, foi essencial sua visão e atuação como fomentadora desse ecossistema, seja fechando contratos mais longos com nomes como Whindersson Nunes, seja transformando a Lu, assistente virtual da marca, em uma creator que faz collab com outros youtubers (o que transformou o Canal da Lu no primeiro de uma varejista NO MUNDO a chegar em 1 milhão de inscritos), ou fomentando diretamente a descoberta e crescimento de novos talentos do conteúdo digital (MagaLu foi uma das co-realizadoras do Creators Boost, nosso programa de aceleração para criadores, e também premiou o novo talento do ano com um contrato de 30 mil reais ❤). #VemSerFeliz
SAMANTHA ALMEIDA
Uma colaboradora ativa do futuro! É assim que Samantha se define e é com essa missão que lidera a equipe de conteúdo da Avon, bem como a criação e implementação de campanhas digitais que estão a trazendo as pautas da diversidade e da representatividade para o centro da comunicação da marca. Nascida na Rocinha e criada com brancos, Samantha cresceu entre a “favela e o asfalto”, o que deu a ela uma compreensão profunda sobre falta de pertencimento e os preconceitos do nosso país. Essa vivência se tornou palpável nas ações digitais que desenvolveu para a Avon em 2017, que buscaram dar voz e visibilidade a excluídos por estarem fora do “padrão” aceito pela sociedade, como a campanha “Repense o Elogio“, as ações com Pabllo Vittar, e a plataforma colaborativa “E aí, tá pronta?“, que trouxe creators e consumidores para co-criar conteúdo a fim de promover a democratização da beleza e a liberdade de escolha. A solidez do discurso com foco na pluralidade feminina fizeram a Avon ser a marca mais lembrada do segmento de maquiagem em 2017, e trazem a prova de que é possível enxergar o mundo com novas perspectivas e mais humanidade. ❤
VANESSA OLIVEIRA
Digital e TV juntos? Sim! Como Diretora de Projetos Digitais da ViU Hub, — empresa incubada dentro da Globosat para criar conteúdo nativo digital — Vanessa é responsável por aproximar a maior rede televisiva do país com o universo de creators, em projetos que unem influenciadores e marcas. A inovação é fazer tudo isso sem a obrigatoriedade de veiculação na TV, uma mudança de cultura gigantesca para o maior grupo de comunicação do país. Só este ano, o GNT intensificou sua presença no digital com conteúdos originais e reedições de programas no Youtube ou criando séries originais exclusivas para o canal, como o programa ‘Minha vida é KIU’ com ThaynaraOG, que ajudou a quase quadruplicar o número de usuários do GNT na plataforma social. O Multishow estreou o ‘Só Pra Parodiar‘ comandado pelo creator Mr. Poladoful, um programa de televisão totalmente integrado com as redes sociais— o que fez com que o Multishow se tornasse o primeiro canal de TV da América Latina a ser indicado ao Rose d’Or Awards na categoria game show. Ainda, Vanessa teve fôlego para lançar um canal de e.Sports e transformar o Prêmio Multishow e o Rock in Rio em experiências que acontecem em todas as telas ao mesmo tempo, com conteúdo integrados mas que mantém suas narrativas individuais nativas no ambiente onde se encontram. Se depender da Vanessa, o futuro da Globosat (e porque não da Globo) é sair da telona e invadir todas as telas. Como ela mesmo diz, “revolução se começa dentro de casa e é lindo de ver e participar todos os dias dessa história”. Para o alto e avante, ruivão! 👊🏼
PARABÉNS, BUILDERS DE 2017! ❤
